A História das minhas tecnologias

O facto de o meu irmão ter encaminhado a sua vida desde muito cedo para os campos tecnológicos e informáticos contribuiu para a minha apetência para gostar dessas coisas com botões. Era interessante quando andava no 6º ano do liceu, ser praticamente a única aluna a escrever os trabalhos em computador. Eu tenho acesso à internet desde que ela nem sabia que existia...num belo sisteminha que se chamava Telix (alguém se lembrará disso?) em que meia dúzia de pessoas partilhavam jogos de computador pelo DOS! E isto tudo graças a ter um irmão mais velho que abriu estas portinhas todas :) e o entusiasmo dele contagiou-me. Nunca me vou esquecer quando ele montou o seu primeiro computador :) Mas este post está aqui para eu fazer a linha da história da minha vidinha acompanhada com os aparelhos de botões. Há outros no meio mas estes foram os que eu tive directamente ligada.

E que espanto quando o meu pai nos apareceu em casa com uma caixinha com um dos primeiros computadores portáteis em Portugal...eu que devia ter uns 10 anos na altura fiquei extasiada mas nem sabia bem o que era...mas lembro-me de ficar muito impressionada que aquilo podia ir conosco para qualquer lado! E os 4 MB de memória?!?! UAU!!

Depois durante os meus anos na universidade tive sempre computadores de secretária, mas feitos pelo meu irmão que eram de qualidade superior garantida. Até que fui para o Brasil estudar e estava na hora de ter alguma coisa mais portátil, e apareceu na minha vida este belo Compaq 904 que era na altura a bomba do momento.

Sobreviveu até hoje que ainda funciona mas a fraca memória e umas cacetadas que as hospedeiras de bordo da Lufthansa lhe deram no meu voo inaugural Frankfurt-Tokyo, obrigaram-me a ir à procura de estabilidade. E veio o Dell, o meu computador de trabalho no laboratório.

Mas e em casa? Afinal andar a carregar o portátil todos os dias para ter internet em casa à noite é muito giro mas só nos primeiros dois meses....afinal...são pelo menos duas horas de comboio cheio de gente por dia....fora o que se anda a pé...Eis que chegou até nós o Vaio desktop.

E que fazer nas 2 horas de comboio por dia? Ler? Escrever? Ler foi para mim a melhor opção então, para não ter de pensar em carregar livros, os livros poderiam ir todos em pdf no pocket PC Acer que o meu tio António me emprest(ad)ou.

Mas com os estudos a progredirem e a necessidade de cada vez mais escrever e escrever, e ao mesmo tempo optimizar o tempo, veio este mini mini amiguinho. O Kohjinsha. Digo-vos já que foi um dos meus melhores investimentos.

E assim...tenho tudo o que preciso para trabalhar e optimizar o meu tempo...mas...e o lazer? Onde fica a tecnologia da música e da fotografia? A musica começou para mim com o gira-discos dos meus pais, e o leitor gravador de cassettes horizontal que se usava para jogar spectrum. Depois vieram os Walkman Cassette Players! Isso é que era a loucura! Levar música cassettes e pilhas e estava a banda sonora feita!

Mas ainda me lembro bem de quando apareceu o fantástico Compact Disc! Tinha eu 11 anos quando os meus pais compraram o módulo para a aparelhagem para ler CD's. Depois tive um portátil que os meus pais compraram num dutty free nas suas viagens (sim porque os preços eram loucos nessa altura), mas a grande inovação foi o meu leitor de mp3. Já andava na universidade e aquilo é que era! 256 mb de memória!

Andou sempre comigo no carro, na rua, em todo o lado, até chegar ao Japão e perceber que quando chegava à universidade já tinha ouvido as músicas duas vezes cada. Rendi-me então ao universo Aple com um iPod 5G. Foi o meu segundo melhor investimento.

E 3 anos depois o Miguel ofereceu-me um upgrade. O meu melhor amiguinho na vida Toquiana, onde não só levo a minha música toda, como levo montes de filmes, livros, as noticias de Portugal e do mundo que carrego sempre antes de sair de casa, a nossa quinta portátil onde cultivamos batatas, milho etc, um dicionário de inglês e outro de japonês entre muitas outras coisas bem úteis...

Este pequeno grande amigo aqui, a única coisa que não faz é tirar fotografias, mas para isso eu prefiro à moda antiga. Os meus pais passaram-me a sua velhinha Yashika, e eu tenho pena de não ter mais tempo para brincar com ela, nem espaço para ter tanta coisa aqui no palácio, mas fica para projecto futuro.

Mas a verdade é que a primeira máquina com que eu brinquei foi esta bela bomba, que era do meu irmão.

Depois o meu irmão ofereceu-me a novidade revolucionária das máquinas fotográficas compactas, APS, ou seja, que tirava fotos panorâmicas! Ameiiiii! Não só era gira mas também era à prova de choque o que para mim que sou uma desastrada evitou várias dores de cabeça.

Quando fui para Brasil, a pensar no investimento em revelações que teria de fazer os meus pais ofereceram-me a minha primeira câmara digital!

Esta palmilhou meio mundo comigo mas infelizmente já terminou as suas funções. Foi substituída por esta, à prova de água. Mistura perfeita para quem vive do mar :)

Podia ter ficado contente só com o meu telemovel japa que dá televisão, filmes, música, fotografa com uma qualidade impressionante e faz chamadas, mas então....qual a vantagem de estar a viver no seio da tecnologia mundial?

Se ficaram a achar que eu consumo muita tecnologia, deviam ver os japoneses...ao pé deles eu sou uma ecologista anti consumo extremista.